Os alimentos concentrados apresentam elevado teor de energia, constituídos de betacaroteno e xantofila (pigmento amarelo). Um bom exemplo é o milho (Zea mays), um dos melhores concentrados para o gado. “Além de fornecido como concentrado energético (grãos e farelo), ele pode ser fornecido como volumoso (milho hidropônico) igualmente nutritivo”, comenta Augusto Luís Ruegger Almeida Neves, professor do Curso CPT Cultivo de Milho Hidropônico - Para Alimentação Animal.
Farelo de milho
O farelo de milho pode vir da membrana externa dos grãos, que é constituída de farelo de gérmen de milho e outros elementos, após a extração do amido, glúten e gérmen. Esse concentrado apresenta 22% de proteína e energia semelhante à do sorgo. Outra alternativa é o farelo de milho residual após extração do amido de milho. Embora pouco palatável, ele é fornecido ao gado por ser fonte de proteína e energia.
Milho em grãos
Para ser fornecido ao rebanho, o milho em grãos não pode apresentar micotoxinas (substâncias tóxicas produzidas por fungos) nem pesticidas. Esse alimento concentrado é constituído de amido (60%), água (15%), glúten (10%), gérmen (8,5%) e casca (6,5%). Geralmente, os grãos de milho processados (moagem e laminação) apresentam alterações no valor nutritivo, o que pode comprometer a digestão.
Sabugos e palhas de milho
A espiga de milho apresenta 20% de sabugo e 10% de palhas (70% correspondem aos grãos). Tanto o sabugo como as palhas de milho são descartados na colheita do grão, mas ambos são aproveitados como concentrados para ruminantes. Embora apresentem baixo valor nutricional, o alto teor de fibras é indispensável à dieta do rebanho.
Sabugo e palha desintegrados
A palha e o sabugo de milho podem ser desintegrados por meio da moagem das espigas de milho inteiras. Embora apresente valor nutricional inferior ao do milho em grãos, esse concentrado é rico em fibras, além de alto teor energético. Além disso, o aproveitamento dos resíduos da colheita do milho, como alimento para gado, é uma forma sustentável de produção.
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Fonte: agronomia.com.br
Por Andréa Oliveira.
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