Como cuidar da saúde do úbere das vacas leiteiras?

Quando bactérias entram nos tetos da vaca, elas causam mastite, uma inflamação nas glândulas mamárias, que compromete a produção de leite e torna o leite inviável para a comercialização. Daí a necessidade de manter a saúde mamária das vacas, o que aumenta a sua longevidade e produtividade por muitos anos. Além disso, cuidar da saúde do úbere das vacas leiteiras é primordial para produzir leite de qualidade.

Primeiramente, as novilhas de primeira lactação devem apresentar úberes apropriados à sua idade. Além disso, é importante observar a profundidade do úbere, que deve ser raso, ou seja, deve ser o mais alto possível em relação ao chão. Sem falar que o úbere ideal deve apresentar ligamento anterior aderido, firme e forte. Vale destacar que o ligamento central do úbere também deve ser forte.

Um dos principais cuidados para a manutenção de um úbere saudável é com a alimentação da vaca leiteira, que deve ser rica em vitaminas e minerais, principalmente vitamina A, vitamina E, cobre, selênio e zinco. Vejamos abaixo com mais detalhes:

Vitamina A


Quando a alimentação da vaca leiteira é deficiente em vitamina A, o animal se torna mais suscetível à mastite. Por esse motivo, a vaca deve ser suplementada com vitamina A com o objetivo de reduzir a suscetibilidade de infecções que provocam mastite.

Vitamina E


A vitamina E é responsável pela defesa das células e dos tecidos por possuir potentes antioxidantes. Quando a vaca leiteira recebe uma dieta essencialmente de forragem, ela pode apresentar deficiência de vitamina E, o que leva o animal a contrair infecções causadoras de mastite.

Cobre


O cobre aumenta a resistência do úbere à mastite causada pela bactéria Escherichia coli. Além disso, esse poderoso mineral reduz a gravidade dos sintomas clínicos desencadeados pela infecção causada por essa bactéria.

Selênio


O selênio é um antioxidante que previne infecções no úbere, além de ser um importante micronutriente, que deve estar sempre presente em todos os tecidos do corpo do animal. Por esses motivos, a suplementação com esse mineral torna-se indispensável.

Zinco


O zinco contribui com a formação de queratina, que protege os tetos da vaca contra a entrada de bactérias. Entretanto, embora todas as formas de zinco contribuam com o aumento da queratina, o zinco de fontes orgânicas é melhor absorvido pelo organismo da vaca quando comparado ao zinco de fontes inorgânicas.

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Fonte: tecnologianocampo.com.br

Por Andréa Oliveira

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